Acompanho há tempos a batalha de amigas minhas que lidam com a alergia alimentar de seus filhos. Cada dia descubro mais alguém que também sofre com “privações obrigatórias” na alimentação de seus filhos. Confesso que, depois de tanto presenciar essa situação, e ver na TV, na internet, e em todo lado, eu já me peguei questionando: “Por que será que isso tá tão comum? Será que os médicos não estão diagnosticando precocemente demais? Será que tem realmente tanta criança alérgica assim?”.
Sempre vi a questão como alguém de fora, com respeito, mas com certa estranheza (para não dizer preconceito).
Quando meu filho Joaquim completou um ano, por vários motivos que não cabem aqui, eu decidi parar de amamentá-lo. Desde então, percebi que seu intestino, que já era bem soltinho, ficou muito muito muito solto. Achava que era normal, afinal, ele nunca havia tomado outro leite que não o meu. Imaginei que seu corpo iria sentir a diferença.
Joaquim não aceitou a mamadeira de cara. Foi uma batalha parar de amamentar por causa disso. Lembro que, uns 3 dias depois que parei de amamentá-lo, a professora da escolinha me mandou uma foto dele deitadinho e mamando. Fiquei tão feliz! Enfim minha batalha estava ganha! Menos de uma hora depois ela me ligou dizendo que ele não parava de vomitar e já estava ficando molinho. Fui correndo para a escola, dei remédio, e ele vomitou o remédio. Quando chegamos ao hospital, depois de mais alguns vômitos, ele estava praticamente desmaiado, não tinha mais nada fazendo o organismo funcionar.
Diagnóstico: virose.